segunda-feira, 25 de julho de 2011

DROGAS

A morte da cantora britânica Amy Winehouse neste fim de semana pegou muita gente de surpresa (ou nem tanto). Revelação da música mundial dos últimos anos, Amy foi notícia não só pelo talento que tinha com a música, mas também pelo seu mórbido apego às drogas. Um caminho que, no caso de Amy, não teve volta. Aos 27 anos, assim como Kurt Cobain, Jimmy Hendrix, Janis Joplin, mais um ícone jovem da música perdeu a guerra para as drogas.
A morte da londrina expõe uma chaga preocupante: o uso cada vez mais intenso dos jovens usuários de drogas. No caso da jovem Amy, e de tantos outros cantores consumidores de narcóticos, como sendo uma propagadora da cultura de massa, a mensagem que ela deveria ter passado seria uma mensagem oposta a que foi veiculada durante tanto tempo - uma pessoa que não soube vencer a dura batalha contra as drogas.
Ela acabou sendo um reflexo de tantos outros jovens que perderam sua vitalidade, seus anseios mais benignos, seus ideais, e se deixaram levar por um caminho, muitas vezes, sem volta.

terça-feira, 19 de julho de 2011

CHUVAS

"Tomar banho de canal quando a maré encher", "Da lama ao caos, do caos à lama...". Esses são refrões bem conhecidos de Chico Science e sua Nação Zumbi, que fizeram e fazem ainda muito sucesso na cena cultural pernambucana. No entanto, esses dizeres moldaram outra cena pernambucana. Uma cena castigante e que irritou muita gente. Neste inverno, São Pedro soltou a mão, e mandou muita chuva pra esse rincão. O que se viu foi o caos instaurado e a massa de cara feia. O Prefeito João da Costa foi, inclusive, a público pra desabafar. Disse que os buracos e o caos no trânsito não são obra de sua gestão. De certo modo, ele está certo. O asfalto que está sob nossos pneus são apenas um paliativo, paliativo, paliativo... remendos de gestões passadas, e esse status de remendo continuará se propagando em gestões vindouras. Aliás, a política administrativa da cidade é um remendo há muito tempo, e não tem só a ver com a questão dos alagamentos e buracos citadinos. Sendo assim, esperemos novas chuvas, doidos pela próxima cheia dos canais pra tomar aquele banho gostoso na maré.

EDUCAÇÃO

Ontem, 18 de julho de 2011, marcou a volta às aulas da rede pública do Estado de PE. Os dois primeiros dias da semana são para formação continuada dos professores, reuniões, planos, metas para o próximo semestre. O blá, blá, blá de sempre. Em outros momentos, acharia um saco esse tipo de reunião. Mas algo a tornou diferente. Talvez porque ela tenha causado uma preocupação: no bolso! Pois bem, o Governo do Estado, na pessoa do ilustre Gov. Eduardo Campos, promove uma mudança radical na forma de gerir o Estado. E isso alcança a Educação, afinal, em termos educacionais, Pernambuco figura na rabeta quando o assunto é educação de qualidade (inclusive o salário do professor daqui é o mais baixo do Brasil!!!!). Uma forma de sanar esse tipo de déficit foi o pagamento de um agrado (14º salário pago aos professores e gestão escolar pelo cumprimento das metas estipuladas pelo Governo). Na verdade, o que o Governador quer é resutado. Metas alcançadas. Produtividade na Educação. Objetivos sendo lançados e cumpridos. Conceitos de uma Administração Gerencial, em que o Governo funciona como o Gerente - Gestor - da coisa pública, e sendo assim, cobra resultados. A pergunta que fica é: será que os resultados obtidos são fidedignos à realidade que se apresenta? Como o Governo quer números, o professor quer dinheiro, e a gestão da escola quer o reconhecimento, eis que surge a fórmula perfeita para mascarar os resultados. Será, de fato, que teremos, num futuro próximo, cidadãos críticos, alunos cientes de que aprender é o caminho a seguir, pais conscientes do seu papel de educadores, e não meros despejadores de crianças na escola, e Governo sendo o promotor do desenvolvimento local? E segue o blá, blá, blá.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

PAIXÃO!

Como explicar uma paixão? Os gregos antigos acreditavam que a paixão estava intimamente atrelada ao coração. Em tempos modernos, há toda uma ciência que explica o fato (nosso cérebro começa a disparar uma série de comandos para o hipotálamo que, por sua vez, começa a liberar vários sinais para o corpo e uma grande quantidade de hormônios, entre eles a dopamina e a norepinefrina, que são responsáveis pelo sentimento de bem estar e que, neste caso, deixa a nossa vida mais alegre e colorida!). Futebol também é paixão. Lembro bem como começou essa febre em mim(ou sinais dirigidos ao meu cérebro). Começa lá pelos idos de 1987 (século passado!). Não havia internet, celular, banda larga, iphone, nem nada dessa tranqueira moderna de hoje. Fui a um campo de futebol pela primeira vez, e aquilo se fez imponente aos meus olhos. Aquela massa de gente toda gritando e clamando o nome do time; aquele papel picado; aquele grito de gol; aquele cheiro peculiar que só os campos de futebol exala; aquele movimento frenético da torcida; e aquelas discussões proveitosas entre colegas de sala, amigos de bairro sobre quem é melhor: o meu time ou o seu? Aquele papo de boteco, aquela roda de homens (e mulheres!) discutindo táticas, melhores jogadores, erro da arbitragem, o título. Ah, o título! O ápice de um time de futebol. Então, como explicar uma paixão. A minha paixão não é colorida. Ela apenas tem duas cores: vermelho e preto. As cores do SPORT CLUB DO RECIFE!

O ANDARILHO

Bom, voltando à ativa. Faz tempo... Enfim. Recentemente fui a uma livraria e me deparo com um mundo novo (livros são sempre mundos a serem descobertos). Muitas estantes, muitos livros, muita coisa a ser lida, e naquele globo imenso, há sempre a dúvida por qual caminho percorrer. Como sou afeito a viagens ( e os livros são ótimas viagens), uma seção me agrada de pronto. Fui à seção dos viajantes. Lá me deparo com guias de viagens, mapas (outra coisa que me encanta em demasia), enfim. Minha ânsia consumista me leva ao caixa por um livro de título bastante promissor: 1000 lugares para conhecer antes de morrer, de Patrícia Shultz. Não que eu vá conhecer os 1000 lugares descritos nos livros, mas pelos menos dois serão rotas das minhas próximas viagens, certamente. Ao ler a introdução do livro, uma citação curiosa de Santo Agostinho: "O mundo é um livro, e os que não viajam acabam lendo só uma página". Lendo essa frase, faço côro com uma citação minha, que diz: "Em nossa singularidade mórbida, felizes são aqueles que desfrutam dos plurais". Ou seja, felizes são aqueles que desbravam, que avançam, que saem de sua singularidade, que percorrem outros mundos, que olham por outros olhares e matizes, que perpassam a linha tênue entre a ignorância e o não-conhecer. O viajar certamente proporciona, para o viajante mais atento, um outro enfoque, uma pluralidade a este ser em busca de algo a mais. Traçando um paralelo com a educação, se viajar é um ato de descoberta, o que dizer da educação? Se viajar é descobrir novos mundos, o ato de se educar é um salto para a conexão com os mundos a seres descobertos.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

RECIFE, O MEU LUGAR!

Como diz o poeta Reginaldo Rossi: "Aqui é minha cidade, o meu lugar!"
Mesmo que eu não fosse recifense, adoraria ser desta terra. Mesmo com suas mazelas. E ai de quem fala mal. Tipo mãe protetora: só ela pode falar das peraltices do filho.

O Nascimento

O nascimento é algo sublime! Dizem alguns que é coisa de Deus. Bem, prefiro acreditar que o nascimento é algo natural e acontece à margem dos ditames do Divino.Segundo o dicionário, nascimento significa ato de nascer (bem óbvio, por sinal!), vinda ao mundo. O mesmo afirma também que nascimento significa origem, ponto de partida, começo. E como tudo tem um começo, eis-me aqui, escrevendo um blog (tomara que saia algo que preste!). Portanto, espero que, a partir deste nascimento (ou ocaso?) os poucos leitores que me acompanharem possam desfrutar de uma companhia no mínimo agradável.
Saulo Novaes